Um pouco de história...


A maior parte das receitas de doces conventuais são criações de frades e freiras.
No entanto, tirando raras exceções, os frades e os monges também se dedicavam-se à arte da doçaria, sendo contudo a arte enólica, a mais conhecida não só no fabrico de vinhos mas, também, no de licores e aguardentes.

Sabe-se que os frades do mosteiro de Alcobaça, deixaram um vasto legado de receitas de doces e compotas de fruta.
Há relatos e descrições detalhadas que ilustram a sua magnificência em relação a este aspeto, mas de facto eram os frades que se ocupavam mais da cozinha em geral, deixando os doces para as suas irmãs monjas. O mosteiro de Alcobaça a par de outros conventos é um exemplo de uma vasta memória da riqueza da sua mesa. 
Muitas destas receitas tinham origem nas famílias aristocráticas de onde provinham os segundos filhos sem herança, quase todos destinados a uma vida de clausura. Outras receitas foram reproduzidas e adaptadas cá fora por antigos trabalhadores dos conventos, tornando-se típicas de determinada região.